Empatia na infância: como desenvolvemos essa habilidade essencial no CERC

Bem-Estar do Aluno

10 / abril / 2025

6 minutos

Imagine um mundo onde as pessoas se escutam de verdade, se colocam no lugar do outro e buscam soluções em conjunto. Parece um sonho distante? Pois acredite: ele começa a se tornar realidade quando a empatia entra em cena, e o melhor lugar para cultivá-la é na infância.

Aqui no CERC, empatia não é somente uma palavra bonita. É uma prática diária, parte viva da nossa proposta pedagógica. E se você está se perguntando como se ensina empatia para uma criança, a resposta é simples (e surpreendente): com afeto, intencionalidade e bons exemplos.

Afinal, o que é empatia?

A empatia é a capacidade de compreender e se conectar com os sentimentos e perspectivas de outras pessoas. Não significa concordar com tudo ou abrir mão de si, mas sim olhar com curiosidade e escuta para o que o outro sente.

Em outras palavras, é a famosa habilidade de “se colocar no lugar do outro”, e ela transforma relações. Na escola, quando as crianças desenvolvem empatia, os conflitos diminuem, o respeito cresce e o ambiente se torna muito mais acolhedor e leve.

A infância é o terreno ideal para plantar empatia

A primeira infância é um momento especial. O cérebro está em formação acelerada, as emoções estão à flor da pele e o aprendizado é profundamente influenciado pelas experiências vividas. É nessa fase que começamos a formar nossa visão de mundo e isso inclui a maneira como lidamos com os outros.

Por isso, é tão importante que a empatia não seja vista como algo isolado. Ela precisa fazer parte da rotina escolar, das conversas no pátio, dos projetos coletivos e até dos momentos de conflito (sim, eles também ensinam!).

Como a gente faz isso no dia a dia do CERC?

A empatia está presente em tudo que vivemos com nossos alunos. E não estamos falando de palavras apenas: nossas ações concretas mostram, na prática, como essa habilidade pode ser desenvolvida com leveza e significado.

Usamos rodas de conversa para que as crianças expressem seus sentimentos, aprendam a ouvir o outro e reflitam sobre situações do cotidiano. Em momentos de conflito, não damos respostas prontas, ajudamos a construir soluções em conjunto, sempre com acolhimento e escuta.

Também utilizamos histórias, dramatizações, dinâmicas e projetos colaborativos. Cada atividade é uma oportunidade de exercitar a escuta ativa, a colaboração e o respeito mútuo.

Aliás, se você quiser ver mais sobre como desenvolvemos habilidades como empatia, resiliência e autocontrole na prática, vale conferir esse outro conteúdo no nosso blog:
👉 Socioemocional na prática: as habilidades que preparam para o futuro

 

O papel dos professores nesse processo

No desenvolvimento da empatia, os professores têm um papel essencial, e aqui no CERC, nós sabemos disso. Somos os mediadores das emoções, das trocas e dos aprendizados que vão muito além do conteúdo. Não ensinamos apenas com palavras, mas com atitudes, olhares e escutas verdadeiras.

Durante as atividades, procuramos dar espaço para que os alunos expressem suas ideias e sentimentos. E, quando surge uma dificuldade ou conflito, transformamos esse momento em uma oportunidade de crescimento. Mais do que corrigir comportamentos, buscamos entender o que está por trás e ajudar as crianças a se conectarem com os sentimentos envolvidos.

 

Essa postura empática que adotamos no dia a dia serve de modelo. Afinal, crianças aprendem observando — e quando somos coerentes no nosso jeito de falar e agir, elas absorvem com naturalidade.

Famílias também fazem parte desse cuidado

Trabalhar a empatia na escola é incrível, mas quando esse olhar também vem de casa, os resultados são ainda mais potentes. Por isso, buscamos uma parceria constante com as famílias, construindo uma ponte entre o que vivemos no CERC e o cotidiano de cada criança.

Afinal, pequenos gestos em casa já fazem uma grande diferença: escutar com atenção, validar emoções, incentivar a criança a pensar sobre o impacto de suas atitudes e, claro, dar o exemplo no dia a dia.

Por aqui, gostamos de lembrar que educar para a empatia é um trabalho coletivo. E cada adulto envolvido na formação de uma criança tem um papel importante nesse processo.

 

Empatia hoje, futuro melhor amanhã

Cultivar empatia desde cedo não transforma apenas o ambiente escolar, transforma o mundo. Crianças que aprendem a se colocar no lugar do outro crescem com mais consciência social, mais abertura ao diálogo e maior capacidade de lidar com as diferenças.

Ao fazer da empatia um valor essencial, damos às crianças uma ferramenta poderosa para enfrentar os desafios da vida de forma mais humana e solidária. E isso, sem dúvida, é um presente para o futuro.

 

Um caminho que construímos juntos

Desenvolver a empatia nas crianças é uma jornada diária, e aqui no CERC, fazemos isso com intenção, cuidado e propósito. Acreditamos que educar é muito mais do que ensinar conteúdos: é formar seres humanos mais conscientes, acolhedores e preparados para viver em sociedade.

Cada atividade, cada conversa, cada gesto faz parte desse processo. E quando olhamos para nossos alunos e vemos atitudes gentis, escuta ativa e respeito pelo outro, temos certeza de que estamos no caminho certo.